29 de mai. de 2011

Capítulo 1, parte 3

Capítulo 1

O velocímetro do automóvel marcava 90Km/h conforme percorriam a estrada do Galeão na altura do trecho Luiz Carlos da Rocha e Silva. O carro descreveu uma sútil curva a direita, onde trafegou retilineamente por mais trezentos metros até estacionar em frente à delegacia policial. Saiu do carro e ficou a fintar a construção de tons de coral. Possuía janelas e portas de vidro filmado e a prova de munições. Em frente ao distrito, viaturas da polícia civil e federal encontravam-se estacionadas. Esperou que o policial abrisse a porta.

Caminhavam pela delegacia. Telefones tocavam. Pessoas andavam apressadas. a todo o momento se chegava alguém para relatar acontecidos, ou até mesmo quem sabe, entregar-se. Chegaram a uma pequena salinha branca com uma mesa de ferro em seu centro. Ao redor desta, encontravam-se de pé policias civis e federais.

Policiais; boa tarde.

Encaixou-se em uma brecha, enquanto um homem dava a palavra.

− Agora que o detetive chegou, podemos dar início a nossa reunião. Senhores, como todos aqui devem saber, o Rio de Janeiro passa por outros problemas sem ser por este assassino que vem assombrando nossa bela cidade, - arfou, - entretanto me incomoda o fato deste homem ser possuidor de tamanha maldade e sanguinolência, e precisamos descobrir quem é este monstro, repito a palavra monstro, pois quem tira a vida de tantos inocentes não tem outra definição para mim.

Todos ali menearam a cabeça quanto às palavras proferidas pelo policial. Era um homem de aparentes cinquenta e um anos, membro da polícia civil. Seus cabelos grisalhos enfatizavam seus olhos de um tom azul turquesa. Tinha uma expressão cansada no rosto.

Depós da palavra do agente em questão, todos opinaram, dizendo que o maníaco deveria morar em zonas nobres por tamanha inteligência, outros diziam que poderia ser mais de um. Deveras, não possuíam nenhuma informação verídica que pudesse levar ao assassino.

Fred, que se manteve em silêncio e pensativo a todo o momento, articulou:

− Algumas coisas que aqui falaram, faz sentido, entretanto trabalhemos com fatos concretos. Pelo o que me foi passado, o assassino aniquila suas vítimas exatamente a meia-noite em ponto ou às seis da tarde; logo excluiremos de nossa lista, trabalhadores do turno da noite, o que reduzirá nosso percentual de suspeitos. Logo, amputaremos da tabela doentes que estão, ou ficaram internados em pelo menos um dia que ocorreu um dos assassinatos, já que tudo leva a crer que somente uma pessoa o fez.

Enquanto falava, os ali presentes balançavam suas cabeças em afirmação e aos poucos iam saindo, com walk-tolkies em mão, dando ordens e pedindo favores a conhecidos. Naquele momento, o gênio investigativo estava em ação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário