28 de mai. de 2011

Capítulo 1, parte 2

Capítulo 1

No saguão do aeroporto de La Guardia, a treze quilômetros leste de Manhatan, Frederick guardou a prancheta que Isabelle lhe dera, numa maleta que fora arranjada para si, com o intuito de mesclar-se na sociedade; preferia assim, aliás, um jato da federação americana pousando no Brasil, chamaria muita atenção, o que inconsequentemente levaria a sérias complicações no caso.

Não lhe deram uma informação do porquê de os Estados Unidos estarem tão preocupados, fosse talvez à globalização; não importava.

A fila pouco a sua frente, pouco a pouco se foi extinguindo, até que tivera chegado sua vez. Uma atendente pediu-lhe as passagens, e assim o fez.

Siga a direita para checar sua bagagem, senhor.

− Mais uma fila... ótimo. – Tentava manter ao máximo o “disfarce” de executivo.

Depós de verificado sua maleta, foi embarcar no avião, onde uma mulher foi revistá-lo.

− Está à viagem ou a negócios, senhor?

− Para ambos devo admitir; estou levando apenas esta maleta, pois tenho uma casa no Rio de Janeiro. – Disse, sanando a dúvida da mulher quanto à falta de malas.

Embarcando ao avião, procurou seu lugar na ala executiva da aeronave, sentando-se. Olhava as pessoas dirigindo-se para as outras áreas do transporte. Umas a passeio, outras a negócios, algumas estavam a se aventurar, outras levavam estórias de peripécias. Uma voz soou nas caixas de som do compartimento, era o capitão. Estava prestes a decolar. Conversas paralelas surgiam e acabavam-se à medida que os assuntos se dispersavam.

Observava pela janela da nave a paisagem lá embaixo. Estava a poucas horas de chegar ao Rio de Janeiro. Analisava consigo o que lhe fora informado sobre o assassino. “Aniquila suas vítimas sempre a meia-noite, esfacela o rosto de suas presas de tal maneira que dá a impressão de estarem sem o rosto; nada de pistas ou DNA... Vejo que terei algum trabalho.”

(...)

Quando o avião pousou no aeroporto do Galeão em Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, já era dia; por volta das oito da manhã. Havia algum tempo que não sentia o clima tropical. Gostava de estar ali, não pelos dados motivos, mas de toda forma gostava. Saindo por um dos portões do aeroporto, fora abordado pela polícia federal brasileira. Um agente alto e magricela veio com passos rápidos até Fred, mostrando seu distintivo.

− Por favor, seus documentos.

Entregou seus documentos e seu crachá de detetive dos Estados Unidos, um escudo de ouro com uma meia-águia entalhada acima de sua borda superior. Em seu centro jazia uma estrela por sobre um fundo vermelha, e entre seus lados superiores e inferiores, jaziam circunscritos às palavras “Detetive Criminal” e por baixo havia uma forma oval de couro.

− Ah sim, você é o americano que está no caso.

− Exatamente. – Respondeu com indiferença

− Venha comigo, terá uma reunião na DP, e você está convocado.

Meneou sua cabeça e seguiu o policial, entrando na viatura.

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