27 de mai. de 2011

Prólogo

Frederick Menphis

e

O assassino da meia noite

Prólogo

Nada enxergava a não ser o negrume sem fim que lhe rodeava. Seus pulsos e tornozelos, - agora com um tom arroxeado, - jaziam presos nos braços e nas pernas da cadeira de madeira. Fora torturada de várias maneiras. Não sabia rezar, mas naquele momento de total agonia, recorreu até mesmo a forças desconhecidas. À medida que as lágrimas escorriam por sua face, levavam consigo a sutil tinta da maquiagem que exaltava a beleza de seu rosto jovial; Por que fora submetida a tudo aquilo? Seria por dinheiro? Sendo ou não, pouco importava.

Do outro lado da sala, o torturador encontrava-se sentado em uma poltrona de couro, observando com um sorriso insano, que se lapidava em seus lábios, o sofrimento de sua vítima por uma janela de “espelho falso”.

Tola garota; está na hora de acabar com seu sofrimento...

Levantou-se da poltrona. O mancebo de mediano porte retirou do coldre preso a sua cintura, uma Browning 1900. Abriu a pequena porta de madeira com a arma em punho. Disparou dois projéteis contra sua presa.

Pôde ouvir os disparos que foram executados contra seu corpo. Gritou, a medida que as munições se aprofundavam em sua carne. Apesar do pouco tempo de duração, sentira uma excruciante dor.

− Deixe-me limpar as pistas. – Proferiu, andando em direção ao corpo estirado na cadeira.

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